Quando eu gritei
Do quarto escuro em que estava
Onde meu choro não mais me amparava
Foi quando percebi que quem eu amava. Eu matei!
Sequei os olhos, abri a porta e vi a luz,
Ofuscando o peito da amada na cerâmica
E no seu rosto eu vi minha figura lânguida
Fui à cozinha e pus no prato um pedaço de cuscuz
A fome, o corte, o gozo, a morte
Esperarei atento a minha sorte
Quando cair com a cabeça em meu colchão
A consciência é a madrasta imaculada
Que conheci após ferir o peito da amada
E me trancar no quarto escuro em que gritei!
terça-feira, 9 de março de 2010
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