terça-feira, 9 de março de 2010

Asfalto quente

Escrever sobre Deus
Ou alguém que morreu
As partes a mostra
Fratura exposta sobre o alfasto quente
A morte iminente
E farta
Quebrado os dentes
Braços e pernas
Pessoas correndo passam
Algumas esperam
Outras ja param
Os carros buzinam apressados
Numa morte lenta, atenta ao sinal
Era domindo de carnaval
Era a pouco deserta a rua
E agora estava lá,
Nua
Em seu vermelho sangue embebida
Mostrando a saia curta da vida
Deus?! Tu que deste o aval desta morte crua
No asfalto quente
Da minha humilde rua?

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