Dias de chuva
O azulejo vermelho daqui de casa
Me lembra doce, a goiabada
A janela velha empoeirada
A triste tarde da chapada
A nevoa branca da madrugada
Os lençóis da cama azul e rosa
Nos dias de chuva
Toda lama do terreno
Lembra a cor da touca no teu cabelo
Os insetos cantando, violinos perdidos
Vozes de sapos e grilos
O céu preto de setembro
Eu me lembro dos dias tristes
Das longas tardes de chuva
Toda turma encapuzada
Numa malha fina de compaixão
Na vereda incerta do dia seguinte
Onde iremos todos acordar
terça-feira, 9 de março de 2010
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